As cidades de Tocantins e Pirapetinga têm a maior incidência de dengue e chikungunya, respectivamente, em Minas Gerais. O Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) divulgado nesta terça-feira (11) aponta incidência muito alta para Tocantins e alta para Pirapetinga.
De acordo com a publicação da SES-MG, Tocantins registrou 582 casos prováveis de dengue desde o início de 2020. Pirapetinga, por sua vez, contabilizou 42 notificações de chikungunya neste ano. As cidades lideram o ranking para incidência das doenças no Estado.
No boletim desta terça, consta que 44 municípios da Zona da Mata e Campo das Vertentes registraram 1.264 casos prováveis de dengue no ano. Para chikungunya, 17 cidades das duas regiões contabilizaram 87 notificações até a segunda semana de fevereiro. (Veja abaixo o levantamento)
Consta também no boletim, que a morte por suspeita de dengue em Além Paraíba, divulgada pelo G1 no mês passado, segue em investigação. Além disso, a SES-MG apura três casos de dengue com sinais de alarme – os sintomas são dor abdominal intensa e contínua; vômitos persistentes e outros – em Juiz de Fora.
O Estado de Minas Gerais registrou 9.895 casos prováveis em 2020 de dengue e seis óbitos suspeitos da doença permanecem em investigação.
Dengue
Apesar de ocupar a 1ª posição no ranking de incidência de dengue em Minas Gerais, quanto ao número de casos prováveis Tocantins é superada pela capital mineira, Belo Horizonte, e ocupa o 2º lugar no Estado. Foram 582 notificações da doença neste ano.
Entre as regiões da Zona da Mata e Campo das Vertentes, Tocantins se mantém como a cidade com mais casos. Em segundo está o município de Rodeiro, com 190 registros. Em seguida estão: Ubá (170), Visconde do Rio Branco (102), Astolfo Dutra (32), Rio Pomba (27) e Juiz de Fora (25). Veja a situação nas cidades das regiões em 2020.
Incidência de dengue
No Boletim Epidemiológico, consta que o município de Tocantins apresenta uma incidência muito alta e, com isso, ocupa o primeiro lugar em Minas Gerais, com índice de 3.505,60.
Outra cidade da região com incidência muito alta é Rodeiro, com 2.377,67. O município aparece na quarta posição no Estado.
A estratificação dos valores utilizados pela SES-MG contribui para avaliação, planejamento e orientação das medidas de controle vetorial e ações de vigilância em saúde.
- incidência baixa: menos de 100 casos prováveis por 100.000 habitantes;
- incidência média: 100 a 299 casos prováveis por 100.000 habitantes;
- incidência alta: de 300 a 499 casos prováveis por 100.000 habitantes;
- incidência muito alta: mais de 500 casos prováveis por 100.000 habitantes.
- Segundo o boletim do Estado, a taxa de incidência estima risco de ocorrência da dengue em uma determinada população em intervalo de tempo também determinado e a população exposta ao risco de adquirir a doença.
- O município de Pirapetinga ocupa a primeira posição do Estado e da Zona da Mata e Campo das Vertentes com o maior número de casos prováveis de chikungunya. São 41 notificações neste ano. Além disso, a cidade tem a incidência mais alta de Minas Gerais da doença, com 382,07.
- Na segunda posição, aparece a cidade de Tocantins, com 16 casos prováveis da doença. Em seguida, Ubá (12), Recreio (3), Espera Feliz (2) e Juiz de Fora (2). Confira o levantamento de chikungunya.
Em relação aos casos prováveis de zika, o município de Ubá ocupa a segunda posição do Estado e primeira na Zona da Mata e Campo das Vertentes com 12 notificações. A cidade registrou uma incidência baixa de 10,50.
Já Visconde do Rio Branco aparece com 3 casos prováveis. Em seguida, Tocantins (2) e Rio Pomba (1).
Com informações: G1 Zona da Mata e SES-MG.