Para esclarecer diversos assuntos relacionados ao funcionamento da assistência social de Recreio a Câmara Municipal convocou o secretário de Desenvolvimento Social, João Guilherme Ferreira. Na sessão o secretário ao lado do coordenador do Centro de Referência de Assistência Social, Marcelo Andrade, fez questão de frisar: “CRAS não corta Bolsa Família”.
Antes de entrar na pauta do programa federal Bolsa Família, João Guilherme Ferreira, mostrou para os parlamentares as dificuldades de realizar as atividades do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos “SCFV”, pois, segundo ele os repasses do Governo Federal para a manutenção dos serviços estão bloqueados por falta de informações no sistema referente ao biênio 2015/2016. Perguntado pelo vereador Beto (PRB) como o SCFV foi mantido em 2017, o secretário disse que foi com recursos próprios da Prefeitura. João Guilherme destacou também que em 2016 haviam 22 beneficiários acompanhados e em 2017 esse número subiu para 248. “Esperamos nos próximos meses retornar com a capoeira, com as atividades do idosos e outras ações. Estamos trabalhando para colocar a situação em ordem”, informou.
Sobre os repasses do Governo Estadual e Federal e os valores que a Secretaria tem disponível o secretário deixou um relatório com o presidente da Câmara Municipal, Paulinho Pintor (PSD), para que sejam apreciados pelos demais vereadores.
Na questão do Bolsa Família o secretário convidou o coordenador do CRAS, Marcelo Andrade, para esclarecer todas as dúvidas dos vereadores. E já no início, tanto o secretário como o coordenador, fizeram questão de frisar que o “CRAS não corta Bolsa Família”. Segundo Marcelo existem condicionalidades (frequência escolar e acompanhamento em unidade de saúde) que devem ser seguidas pelas famílias beneficiárias e que são regulamentadas pelo Governo Federal, ou seja, quem não segue, acaba perdendo ou tendo o benefício bloqueado. No caso do bloqueio o coordenador informou que a pessoa deve procurar o CRAS o mais rápido o possível para saber o motivo. “Nos últimos meses 75 famílias tiveram o benefício bloqueado em Recreio por ordem do Ministério Público, atualmente existem 839 famílias que recebem o Bolsa Família, porém, este número deve diminuir. No início de maio uma matéria do site UOL mostrou que o Ministério do Desenvolvimento Social desligou 392 mil famílias do programa”, disse.
O presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, Danilo Silva, que esteve presente na sessão também fez algumas explicações quanto à função do órgão e como ele tem ajudado a buscar soluções para os problemas socioassistenciais de Recreio. “2017 foi um ano complicado, o governo municipal trabalhou com um orçamento criado pelo gestor anterior e por isso algumas ações acabaram sendo comprometidas, mas 2018 é o ano de fazer acontecer. Estamos orientando o secretário quanto as prestações de contas, vamos buscar ações para os nossos jovens e idosos e esperamos mostrar resultados positivos da área social ao final do ano”, destacou.
Na sessão da última segunda-feira (21), além da pauta da assistência social, um projeto de lei de autoria do executivo para realização de leilão de bens inservíveis da Prefeitura foi lido e será votado na próxima reunião. Os vereadores Fabrísio “Pão Doce” (DEM) e Marcel (PRB) não participaram por motivos de saúde.
Apoio ao grupo de dança
Na última reunião da Câmara um grupo de jovens que praticam dança em Recreio estiveram presentes e solicitaram informações sobre a falta de apoio do CRAS, este foi um dos motivos da convocação do secretário de Desenvolvimento Social.
Sobre o caso João Guilherme informou que não tinha conhecimento, pois nenhum membro do grupo havia procurado o CRAS ou mesmo feito um requerimento formal pedindo o apoio. O secretário colocou-se à disposição para ajudar dentro das condições legais e pediu que o grupo procurasse o coordenador Marcelo Andrade nesta terça-feira (22).
