Há três anos que a população recreiense sofre periodicamente com os problemas ocasionados pelos poucos períodos de chuvas prolongadas e em 2017 o colapso hídrico, que assola várias cidades do Brasil, chegou ao ápice em Recreio. O nível do manancial é o pior da história desde a criação do SAAE em 1967.

Para tentar trazer a água da área da Serra das Virgens, no lago que fica a aproximadamente 2 km da área urbana, o SAAE instalou duas bombas para abastecer a ETA e dali ser fornecida para as residências. Em tempos de cheia a água chega por gravidade.

Nos últimos meses a empresa responsável pelo fornecimento de água tem tentado de todo tipo amenizar o colapso hídrico. Um açude de uma propriedade particular foi aberto logo acima do manancial e um projeto de recuperação de 50 mil litros/dia de lavagem de filtros da ETA foi implantando, porém, a estiagem persistente tem sido maior do que o esperado.

No dia 26 de setembro um decreto de situação de emergência foi assinado pelo prefeito de Recreio, Zé Maria Barros. Por meio do documento o SAAE definiu o abastecimento de água de 18h às 00h. Mas, nos últimos dias a pouca água bruta que está chegando para tratamento na ETA não é o suficiente para ser enviada até as caixas d’água dos bairros mais altos da cidade.

Em agosto um projeto para perfuração de poços artesianos e melhoria do sistema de abastecimento foi apresentado pelo prefeito de Recreio a Fundação Nacional de Saúde “FUNASA”. A proposta ainda está em análise.

Por meio de redes sociais várias reclamações da Cohab Dr. Irajá José Fernandes – bairro José Taranto Luz, do bairro José de Freitas Coutinho, da Rua da Conceição, do Canto da Fábrica e outros, tem sido expostas. Segundo os moradores há dois dias não cai água nestes locais.

Os problemas periódicos com a estiagem em Recreio e por consequencia com o fornecimento de água à população começou em 2014. Naquele ano pela primeira vez o racionamento foi adotado, desde então, anualmente a medida é adotada pelo SAAE. Este ano a crise chegou ao seu ápice.

Mesmo com a previsão de chuvas, segundo os sites de meteorologia, para este domingo, segunda-feira e terça-feira, o colapso não chegará ao fim. A média de chuva para estes três dias é de 4 mm.